02-2019
Pesquisa publicada em 6 de dezembro 2016
Journal Neuroscience
Estudo da Northwestern University
Respirar pelas narinas pode afetar também diretamente as sensações de cheiro, memória e emoções, de acordo com um estudo da Northwestern University.
Pela primeira vez, cientistas descobriram que o ritmo da respiração gera uma atividade elétrica no cérebro que influencia e aprimora a percepção, organizando a atividade de células em diversas regiões do cérebro para ajudar a elaborar comportamentos complexos no ser humano.
A equipe de pesquisa gravou a atividade elétrica diretamente da superfície do cérebro de sete pacientes em avaliação para cirurgia no lobo temporal para tratar epilepsia resistente a medicamentos. A estrutura cerebral, localizada na parte lateral do órgão, é responsável pelo gerenciamento de memória. Três regiões foram foco do estudo: o córtex piriforme, que processa as informações de cheiro, o hipocampo, área crítica na formação de memórias, e a amígdala, que é crucial no processamento de emoções.
A respiração pela boca e pelo nariz também influenciou os resultados: oscilações lentas no córtex piriforme e de rápida frequência no hipocampo e amígdala estavam associadas ao ritmo espontâneo e natural da respiração. Portanto, o ar que entra pelo nariz durante a respiração natural sincroniza-se com a atividade dos neurônios no córtex piriforme e essa sincronia é propagada à amígdala e ao hipocampo.
Enquanto respirar pela boca leva à diminuição no acoplamento das ondas cerebrais. O ato de inspirar e expirar também gera efeitos distintos: as três regiões do cérebro estavam mais sincronizadas logo após os pacientes inspirarem e menos enquanto expiravam.
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