Exercícios fortalecem musculatura respiratória

Fonte: Uol Pacientes do grupo de risco do novo coronavírus, entre os quais idosos e pessoas acamadas, devem continuar fazendo exercícios para fortalecer a musculatura respiratória no período de isolamento social e, com isso, aumentar a capacidade pulmonar. Os exercícios, contudo, não evitam a contaminação por covid-19, disse em entrevista à Agência Brasil, a responsável pela Fisioterapia Respiratória do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Roberta Correia. Roberta Correa explicou que há exercícios respiratórios que podem fortalecer a musculatura pulmonar, mas ela reiterou eles não impedem a contaminação pelo novo coronavírus. A responsável pela Fisioterapia Respiratória do IFF não recomenda, de forma geral, exercícios de fortalecimento da musculatura respiratória ou de melhora da capacidade pulmonar para indivíduos saudáveis. Para esses, ela destacou que a respiração é um ato contínuo. “A respiração é boa, é normal”. Já idosos e pessoas acamadas têm perda de massa muscular e redução da capacidade pulmonar e a fisioterapia respiratória previne algumas complicações desse acamamento. Para essas pessoas que se encontram em distanciamento social, muitas vezes presos ao leito e com pouca comunicação com a família, os exercícios podem colaborar para manter uma função pulmonar adequada, disse Roberta. Os primeiros exercícios objetivam a manutenção da capacidade pulmonar dessas pessoas que estão com pouca movimentação, ou seja, visam garantir a ventilação pulmonar desses pacientes. A primeira coisa é entender como funciona a respiração. “A primeira coisa que a gente ensina para um paciente é respirar com o diafragma, que é o motor principal da ventilação ou respiração. Setenta por cento da nossa respiração basal, ou seja, em repouso, são conduzidos pelo músculo diafragma, que está abaixo dos pulmões, apoiado sobre os órgãos e vísceras abdominais“. O diafragma faz um movimento para cima e para baixo e o fisioterapeuta respiratório ensina a pessoa a respirar. Membros superiores Roberta explicou que na inspiração, o diafragma desce, isto é, ele empurra todo o abdômen quando contrai. Ao empurrar o abdômen, a barriga do paciente cresce. Já ao expirar, o diafragma volta à posição inicial e a barriga encolhe. Uma vez que entendeu a respiração diafragmática, a pessoa pode fazer exercícios com os membros superiores para ajudarem na entrada do ar nos pulmões. Um exemplo de exercício desse tipo: na inspiração, a pessoa levanta os braços ou abre os braços. Na expiração, os braços recolhem. Em outro exercício, chamado inspiração sustentada, a pessoa inspira abrindo os braços, segura por 10 segundos ou por quanto tempo conseguir, e aí solta o ar. Um terceiro exercício é a chamada inspiração fracionada ou inspiração em tempos. A pessoa inspira um pouquinho, segura; inspira mais um pouco, segura; depois inspira bastante e solta. Tudo isso mexendo os braços, segundo orientou Roberta. Para os pacientes crônicos, a fisioterapeuta informou que existem aparelhos próprios para ajudá-los no fortalecimento da musculatura pulmonar, aliados a exercícios específicos para alongar a musculatura respiratória, ensinando a respirar de forma adequada e a identificar músculos fracos. Muitos dos pacientes crônicos já são dependentes de ventiladores não invasivos e de oxigênio. Ficar na cama muito tempo Roberta disse que muitas pessoas que estão no momento trabalhando em casa podem se sentir deprimidas e acabam deitadas na cama o tempo todo, com chances de acumular secreção nos pulmões e reduzir a capacidade pulmonar, favorecendo, inclusive, o aparecimento de bactérias oportunistas que podem causar uma pneumonia. “Não [causada] por covid-19, mas por estar acamada em casa, sem ventilar adequadamente”. Os exercícios pulmonares são indicados também nesses casos. A fisioterapeuta respiratória observou que se a pessoa não tem uma doença pré-existente, uma comorbidade, a recomendação é que não fique deitado o dia inteiro, mas se mantenha ativo dentro de casa,na medida do possível. Fisioterapia respiratória A fisioterapia respiratória é uma especialidade da fisioterapia que atua na reabilitação do sistema respiratório, com repercussão também no sistema cardíaco. “Apesar de a gente nascer com a função da respiração, sabendo respirar, que é um ato involuntário, constante o tempo todo, há uma série de doenças que podem afetar o sistema respiratório e você vai precisar do atendimento do fisioterapeuta respiratório“, disse Roberta. Segundo Roberta Correia, as pessoas acabam conhecendo a fisioterapia respiratória no momento mais crítico da vida, que é dentro do hospital e, principalmente, na unidade de terapia intensiva (UTI). “A gente tem um trabalho muito grande a nível ambulatorial e domiciliar, mas é no CTI [centro de tratamento e terapia intensiva] que a fisioterapia funciona 24 horas por dia. A gente vai desde o momento em que o paciente entra na emergência com sinais de desconforto respiratório até a alta desse paciente e sua ida para casa“. Doenças crônicas como enfisema pulmonar, asma, doença pulmonar obstrutiva necessitam do fisioterapeuta respiratório, bem como na pediatria, com recém-nascidos com fibrose cística. “Além de ter a especialidade na área respiratória, a gente também atende desde o recém-nascido prematuro que nasce com o sistema respiratório ainda mal formado, até o indivíduo adulto e idoso também na fase terminal“ Fonte: Uol https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2020/04/18/exercicios-fortalecem-musculatura-respiratoria-diz-especialista.htm
Respiração ajuda a diagnosticar doenças graves
Cientistas dos Estados Unidos desenvolveram um sistema capaz de identificar 17 doenças diferentes a partir da respiração: um dispositivo que utiliza nano-raios para determinar a composição química da respiração de uma pessoa. A partir disso, o aparelho consegue definir características de 17 doenças graves, de câncer nos rins à síndrome de Parkinson. Isso ocorre porque o ar exalado contém nitrogênio, dióxido de carbono e oxigênio, assim como pequenas porções de mais de 100 compostos químicos e a proporção de cada substância varia de acordo com o estado de saúde. “Nós descobrimos que da mesma forma que cada um de nós tem impressões digitais únicas, cada doença estudada tem uma impressão respiratória única, como uma assinatura de componentes químicos”, disse o autor do estudo, professor Hossam Haick, ao jornal britânico Telegraph.
Sensível repouso

33-2020 TEXTO SIBELE OLIVEIRA DATA: 30/04/2020 Revista: Vida Simples O sono é mais do que um tempo para o corpo e a mente descansarem. A sua qualidade (ou não) é um ressoar da nossa voz interna. Saiba ouvi-la Sempre vi uma boa noite de sono como um remédio para os problemas da vida. Não importava o que estivesse passando, tinha a esperança de que acordaria com uma solução. Para mim, esse tempo de descanso sempre foi um bom conselheiro. Mas, mesmo sendo parte da natureza humana, nem sempre ele ocupa o lugar que merece em nossas vidas. Temos a mania de inventar coisas demais para fazer, e com isso nos vemos obrigados a esticar o dia para dar conta de todas elas. Sem perceber, vamos, aos poucos, encurtando o nosso tempo de descanso. É dessa falta de cuidado que podem surgir a insônia, o sono agitado, o acordar durante a madrugada, a sensação de ter passado a noite em claro mesmo depois de dormir bastante… A conta sempre chega no dia seguinte. “O sono diz se estamos equilibrados ou não, pois é muito sensível aos sofrimentos físico e psicológico. Ele traz o retrato da nossa história”, resume Karina Haddad, psicoterapeuta do Instituto do Sono de São Paulo. Ele é um espelho que reflete com nitidez o que estamos vivendo e sentindo, inclusive as nossas emoções mais escondidas. “Tudo equilibra ou desequilibra junto. Todos os trancos que enfrentamos na vida, tudo o que vivemos de alguma forma afeta corpo e mente”, diz Karina Haddad. Não negue repouso ao corpo Um dos grandes erros que cometemos é quando tentamos controlar o sono. Ao agir assim, deixamos de prestar atenção ao relógio interno, cujos ponteiros marcam a hora do descanso com exatidão. Esse medidor que nasce com a gente é conhecido pela ciência como ciclo circadiano, um processo biológico que leva cerca de 24 horas e comanda o ritmo da nossa existência. Influenciado pela luz, temperatura, movimento das marés, dos ventos, do dia e da noite, é ele quem nos avisa a hora certa de dormir e acordar. Quando estamos dessincronizados com o nosso relógio natural, nos desencontramos de nós mesmos. No livro Por Que Nós Dormimos (Intrinseca), o neurocientista e psicólogo Matthew Walker fala da bagunça que fazemos com os horários quando transbordam estímulos para a nossa mente, e de como isso é nocivo. “Meia-noite não é mais o ‘meio da noite’. Para muitos de nós, meia-noite em geral é a hora em que pensamos em checar a caixa de e-mails uma última vez. Para agravar o problema, não dormimos mais pela manhã para compensar o horário mais tardio do início do sono”, escreve. Negar repouso ao corpo é abrir a porta para problemas emocionais, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico, além de alterações hormonais e doenças físicas. E pode ser bem trabalhoso encontrar o caminho de volta para o sono reparador, principalmente quando não conseguimos silenciar os pensamentos. Karina diz que o barulho interno de quem tem uma “mente tagarela” aumenta ao cair da tarde e faz com que a pessoa fique alerta o tempo todo. É um barulho tão alto que abafa os sentidos. “Nossos corpos ficam deslocados no tempo e descolados do ser. E o sentir acaba sendo ignorado.” Paz para dormir Enquanto fazia uma pesquisa para esta reportagem, um depoimento que vi na internet me chamou a atenção. Nele, a psicóloga portuguesa Teresa Sousa contou a uma blogueira que dormia tão mal na infância que seus pais não quiseram ter outros filhos. Com o tempo, ela conseguiu fazer as pazes com o sono, mas muitas crianças que têm um início de vida parecido com o dela crescem carregando essa dificuldade. “A chance do bebê que dorme mal ser um adulto que dorme mal é maior do que o bebê que dorme bem”, afirma Renata Soifer Kraiser, psicóloga e autora do livro O Sono do Meu Bebê (CMS). Crianças pequenas são muito sensíveis e costumam expressar sofrimentos e contrariedades resistindo ao sono. “O bebê sente tudo, até na barriga da mãe. Ele responde, inclusive. E o sono é uma das primeiras funções que denunciam que tem alguma coisa importante acontecendo”, comenta Renata. O bebê percebe a angústia dos pais para que ele durma, a ausência de uma rotina tranquila ou de segurança emocional em casa. É nessa fase que cada um desenvolve sua autonomia em relação ao sono e precisa ter a chance de dormir sozinho. Muitas vezes esse desconhecido que é fechar os olhos e não ver mais nada assusta. Quem não conhece pessoas que precisam fazer rituais para ter um relaxamento profundo? Precisar de algum tipo de ajuda para dormir é um comportamento que pode atravessar a infância e ser cimentado na idade adulta. Por trás dessa dependência geralmente há medo, insegurança ou traumas do passado. A nossa resistência em se entregar à escuridão também pode ser uma tentativa de controlar o que não está ao nosso alcance. Com isso, desaprendemos a soltar a mente e não damos liberdade para o sono chegar. Ganhos ao dormir bem Quando o sono já não é o mesmo, muitos de nós corremos para a farmácia à procura de remédios e invenções que prometem nos fazer dormir como anjos. O problema é que eles não são milagrosos. “O vazio da existência, as dores da nossa alma acabam sendo preenchidos por receituários médicos. É a busca pela fórmula mágica. Por viver sem fazer nenhum esforço”, observa Karina. Esse olhar para dentro é o que mais ajuda a reencontrar o sono perdido, e há muitas maneiras de fazer isso. Desacelerar à noite, deixar o celular de lado, esvaziar a mente de preocupações e escutar a própria respiração é um bom começo – além de tratamentos naturais que estimulem um reequilíbrio entre corpo e mente, como acupuntura, massagens e meditação. Matthew Walker resume os ganhos que temos ao dormir bem. “Já é hora de reivindicarmos nosso direito a uma noite inteira de sono sem constrangimento ou o estigma prejudicial da preguiça. Ao
Déficits de memória e plasticidade sinápticos resgatadas em modelo de Alzheimer

Fonte: Pesquisa da Universidade Tiradentes “Bioeconomia e Transformação Social” em 04 a 08 de novembro de 2019 ISSN: 1807-2518 Tiradentes/Biomedicina/Aracaju/SE. 9.06.00.00-2- Biomedicina; 4.01.01.07-0-Neurologia; 4.00.00.00-1- Ciências da Saúde RESUMO DÉFICITS DE MEMÓRIA E PLASTICIDADE SINÁPTICOS RESGATADAS EM MODELOS DE ALZHEIMER VINCULADOS A MIOCINA ESTIMULADA AO EXERCÍCIO FÍSICO Introdução: A doença do Alzheimer (DA), é uma patologia neurodegenerativa causada pela morte progressiva de células cerebrais, prejudicando funções como memória, atenção, orientação e linguagem. A doença não tem cura. Irisina foi recentemente identificada como uma miocina na prática de exercício físico, que é capaz de dourar estimulante do adipócito e termogênese em ratos e seres humanos, produto de clivagem derivado de FNDC5. Falha de vias de sinalização iniciadas pelo hormônio tem sido associada com distúrbios cerebrais, incluindo AD. FNDC5/Irisina estimula a expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro no hipocampo, uma região do cérebro centralmente envolvida na aprendizagem e memória, podendo ser um hormônio mediador chave dos efeitos benéficos do exercício na plasticidade sináptica e memória em modelos de AD, assim mantendo a promessa como um potencial alvo para intervenção terapêutica. Dessa forma, FNDC5/Irisina poderia desempenhar um papel de neuroprotetor em distúrbios cerebrais. Objetivos: Avaliar os níveis de FNDC5/Irisina nos cérebros de pacientes com Alzheimer, utilizando uma analogia com espécimes de murinos, assim como investigar se a reposição desse hormônio, em animais, seria eficiente na melhora da memória. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados e revistas Lilacs, Scielo, NatureMedicine e PubMed. Tendo o seguinte critério de inclusão: 18 Artigos selecionados à partir das palavras chaves, excluídos aqueles do ano de publicação antecedente da última década. Resultados: Foi observado que roedores foram testados através três circuitos para avaliação do desenvolvimento da DA. O primeiro circuito consistia em uma identificação de blocos de montar, as cobaias modificadas obtiveram um tempo maior. No segundo circuito foi montado uma plataforma em labirinto submersa em água, os afetados demoravam mais tempo ou até mesmo não encontravam a saída. O último circuito foi estimulador da dor, proveniente de choques efetuados em um determinado compartimento, quando os espécimes voltavam a esse compartimento as que não tinham DA efetuavam um comportamento de repouso extremo, “congelados”, ademais, os doentes permaneciam tranquilos. Após o término dos testes, os camundongos que possuíam DA foram instigados a exercícios físicos e a aplicações do hormônio irisina para repor a quantidade que a patologia apresentava. Em seguida os testes foram refeitos. A reposição do hormônio através dos exercícios físicos e das aplicações demostraram uma melhora na capacidade de retenção de lembranças nos camundongos. Conclusão: A contribuição do estudo está relacionada aos testes feitos em camundongos com a doença, que produziam o hormônio ao fazer exercícios ou recebiam doses dele. Existem baixos níveis de irisina no cérebro de pacientes afetados pelo Alzheimer. Essa mesma deficiência foi vista nos camundongos que foram usados como modelo no estudo. A reposição dos níveis de irisina no cérebro, inclusive por meio de exercícios físicos, foi capaz de reverter a perda de memória dos camundongos afetados pelo Alzheimer. PALAVRAS-CHAVE: Alzheimer, FNDC5, Sinápticos de plasticidade. (2019).
Covid-19: A Retomada da rotina
Conversei com Priscila Jin, que está vivendo na China desde o início da pandemia, e neste bate-papo de 20 minutos, ela compartilha conosco como está sendo a retomada da rotina neste período.
Dieta Mediterrânea pode ajudar a preservar a função cognitiva

Fonte: Neuroscience 14 abril 2020 Seguir uma dieta mediterrânea com maior aderência foi associada ao menor risco de comprometimento cognitivo. O alto consumo de peixe e vegetais parecia ter o maior efeito protetor contra o declínio cognitivo. Fonte: NIH / NEI De acordo com uma análise recente de dados de dois importantes estudos sobre doenças oculares, a adesão à dieta mediterrânea – rica em vegetais, grãos integrais, peixe e azeite – se correlaciona com a função cognitiva mais alta. Os fatores alimentares também parecem ter um papel na desaceleração do declínio cognitivo. Pesquisadores do National Eye Institute (NEI), parte dos Institutos Nacionais de Saúde, lideraram a análise dos dados do Estudo sobre doenças oculares relacionadas à idade (AREDS) e AREDS2. Eles publicaram seus resultados hoje na revista Alzheimer’s and Dementia. “Nem sempre prestamos atenção às nossas dietas. Precisamos explorar como a nutrição afeta o cérebro e os olhos ”, disse Emily Chew, M.D., diretora da Divisão NEI de Epidemiologia e Aplicações Clínicas e principal autora dos estudos. Os pesquisadores examinaram os efeitos de nove componentes da dieta mediterrânea na cognição. A dieta enfatiza o consumo de frutas integrais, vegetais, grãos integrais, nozes, legumes, peixe e azeite, bem como o consumo reduzido de carne vermelha e álcool. AREDS e AREDS2 avaliaram ao longo dos anos o efeito das vitaminas na degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que danifica a retina sensível à luz. O AREDS incluiu cerca de 4.000 participantes com e sem AMD, e o AREDS2 incluiu cerca de 4.000 participantes com a AMD. Os pesquisadores avaliaram os participantes do AREDS e do AREDS2 quanto à dieta no início dos estudos. O estudo da AREDS testou a função cognitiva dos participantes aos cinco anos, enquanto o AREDS2 testou a função cognitiva dos participantes na linha de base e novamente dois, quatro e 10 anos depois. Os pesquisadores usaram testes padronizados baseados no Mini Exame do Estado Mental Modificado para avaliar a função cognitiva, bem como outros testes. Eles avaliaram a dieta com um questionário que perguntou aos participantes o consumo médio de cada componente da dieta mediterrânea no ano anterior. Os participantes com maior adesão à dieta mediterrânea tiveram o menor risco de comprometimento cognitivo. O alto consumo de peixe e vegetais parecia ter o maior efeito protetor. Aos 10 anos, os participantes do AREDS2 com maior consumo de peixe tiveram a menor taxa de declínio cognitivo. As diferenças numéricas nas pontuações da função cognitiva entre os participantes com maior ou menor aderência à dieta mediterrânea foram relativamente pequenas, o que significa que os indivíduos provavelmente não verão diferença na função diária. Mas no nível populacional, os efeitos mostram claramente que a cognição e a saúde neural dependem da dieta. Resumo Os pesquisadores também descobriram que os participantes com o gene ApoE, que os colocam em alto risco para a doença de Alzheimer, tiveram, em média, escores mais baixos de função cognitiva e maior declínio do que aqueles sem o gene. Os benefícios da estreita adesão à dieta mediterrânea foram semelhantes para pessoas com e sem o gene ApoE, o que significa que os efeitos da dieta na cognição são independentes do risco genético para a doença de Alzheimer. Financiamento: Os estudos AREDS e AREDS2 foram apoiados pelo Programa de Pesquisa Intramural da NEI e contratos NOI-EY-0-2127 (AREDS), HHS-N-260-2005-00007-C (AREDS2) e N01-EY-5- 0007 (AREDS2). Fundos de pesquisa adicionais foram fornecidos pelo NIH Office of Dietary Supplements, pelo Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa, pelo Instituto Nacional do Envelhecimento, pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue e pelo Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame. O estudo AREDS está registrado em http://www.ClinicalTrials.gov como NCT00594672. AREDS2 está registrado como NCT00345176. Os estudos foram realizados no NIH Clinical Center. Sobre este artigo de pesquisa em neurociência Fonte: NIH / NEI Contatos de mídia: Lesley Earl – NIH / NEI Fonte da imagem: A imagem está em domínio público. Pesquisa original: Acesso aberto “Adesão a uma dieta mediterrânea e função cognitiva nos estudos sobre doenças oculares relacionados à idade 1 e 2”. por Keenan TD, Agron E, Mares J, Clemons TE, van Asten F, Swaroop A e Chew E, para os grupos de pesquisa AREDS e AREDS2. Alzheimer e Dementiadoi: 10.1016 / j.diabres. Adesão a uma dieta mediterrânea e função cognitiva nos estudos sobre doenças oculares relacionados à idade 1 e 2 Introdução O objetivo foi determinar se uma adesão mais próxima à dieta mediterrânea alternativa (aMED) estava associada à função cognitiva alterada. Métodos Análises observacionais dos participantes (n = 7.756) inscritos em dois ensaios clínicos randomizados de suplementos nutricionais para degeneração macular relacionada à idade: Estudo sobre doenças oculares relacionadas à idade (AREDS) e AREDS2. Resultados As razões de chances de comprometimento cognitivo, no aMED tercil 3 (vs 1), foram 0,36 (P = 0,0001) para o Mini-Estado Mental Modificado (<80) e 0,56 (P = 0,001) para a pontuação composta em AREDS e 0,56 para Entrevista por telefone Status cognitivo modificado (<30) e 0,48 para pontuação composta (cada P <0,0001) em AREDS2. A ingestão de peixes foi associada à maior função cognitiva. No AREDS2, a taxa de declínio cognitivo ao longo de 5 a 10 anos não foi significativamente diferente pelo aMED, mas foi significativamente mais lenta (P = 0,019) com maior consumo de peixe. Discussão Uma adesão mais próxima à dieta mediterrânea foi associada a menor risco de comprometimento cognitivo, mas não a um declínio mais lento da função cognitiva. O haplótipo da apolipoproteína E (APOE) não influenciou essas relações. Traduzido por Maria Eugênia Anjos ———————————————————————————————————————— English Version Diet may help preserve cognitive function According to a recent analysis of data from two major eye disease studies, adherence to the Mediterranean diet – high in vegetables, whole grains, fish, and olive oil – correlates with higher cognitive function. Dietary factors also seem to play a role in slowing cognitive decline. Researchers at the National Eye Institute (NEI), part of the National Institutes of Health, led the analysis of data from the Age-Related Eye Disease Study (AREDS) and AREDS2. They published